Síndrome do esgotamento profissional: será que você precisa de ajuda?

Também conhecida como síndrome de Burnout, é caracterizada pelo estado de tensão emocional e física, principalmente estresse crônico, provocado por factores relacionados às actividades laborais. Embora só recentemente enquadrado pela OMS na nova classificação Internacional de Doenças (CID-11), que entra em vigor em Janeiro de 2022, milhares de pessoas ao redor do mundo convivem com esta síndrome, que está relacionada aos baixos índices de desempenho profissional.

O quadro é caracterizado pela presença de 3 elementos principais:


Sensação de Exaustão - o extremo desgaste emocional em consequência do sobre-esforço ou exposição excessiva a interações negativas dentro do ambiente de trabalho. Despersonalização - o desenvolvimento de atitudes cínicas ou com elevado descaso pela expectativa de outrem. Distanciamento gradual das responsabilidades que lhe cabem, desligamento ou distanciamento afectivo. Reduzido Senso de Conquista - perda da confiança na realização pessoal/ profissional, constante autodepreciação e baixa autoestima.

O fraco desenvolvimento de uma consciência em relação ao impacto dos processos de gestão, estruturas, cultura organizacional e outros factores organizacionais sobre a saúde mental do trabalhador, contribui significativamente para o débil enfrentamento dessas questões dentro do ambiente de trabalho. As consequências, embora não imediatas, podem afectar drasticamente a saúde de pessoas e negócios a longo prazo.

Quem enquanto profissional, nunca passou ou ouviu falar de alguém que abandonou ou pensa em abandonar o emprego por causa de dois ou mais motivos como: ambiente hostil, sobrecarga de trabalho, falta de autonomia e/ou suporte por parte dos líderes e chefes directos, assédio moral, falta de respeito, sensação de estagnação ou fraco crescimento profissional, desmotivação etc?

Por outro lado, cresce a pressão nas empresas, principalmente na pessoa de líderes, gestores, chefes de equipas, para lidar com fenômenos relacionados ao absenteísmo, presenteísmo, queda da produtividade, afastamento de profissionais por condições de saúde relacionadas ao trabalho, baixo nível de motivação, procrastinação etc.

Estudos apontam uma relação directa entre o desenvolvimento da Síndrome de Burnout e factores laborais como:

● Sobrecarga;
● Baixo nível de controle das actividades ou acontecimentos no próprio trabalho;
● Baixa participação nas decisões que mudam consideravelmente a dinâmica organizacional;
● Sentimento de injustiça e iniquidade nas relações de trabalho;
● Expectativa profissionais;
● Trabalhos por turno ou noturno;
● Precário suporte organizacional e relacionamentos conflituosos com colegas
● Tipo de ocupação;
● Relação muito próxima e intensa do trabalhador das pessoas que deve atender;
● Conflitos de papéis;
● Ambiguidade de papel etc.

Vale ressaltar que a exposição aos factores acima não determina o desenvolvimento deste quadro. A combinação de variáveis pessoais e sociais também é determinante neste processo.

Como já dito, as consequências podem não ser visíveis de forma imediata, talvez por isso não recebam a atenção necessária e pronto atendimento. Contudo, tarde ou cedo, elas batem à nossa porta, em forma de custos financeiros, baixa qualidade de vida e bem-estar, fragilização da cultura e clima organizacional entre outros.

Não ignorar os sinais e procurar de forma antecipada a ajuda de especialistas e serviços, pode fazer toda diferença na vida do profissional e consequentemente, na dinâmica da empresa.

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